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Este é o 101º aniversário da Implementação da República que se deu no dia 5 de Outubro de 1910. Neste dia, através de um golpe de estado organizado pelo Partido Republicano, aboliu-se a Monarquia e institui-se a República.
Foram vários os motivos que contribuíram para que a revolução republicana acontecesse, como a incapacidade do país em evoluir e se modernizar. De facto, era contraditório Portugal ser um país rico devido às vendas de especiarias, do ouro, dos diamantes, do café e do cacau, por exemplo, e não conseguir acompanhar o crescimento de outros países europeus. O que acontecia é que este dinheiro era gasto de uma maneira que não contribuía para o desenvolvimento económico do país: construção de palácios, igrejas, mosteiros e fortes.
Por outro lado a burguesia portuguesa, ao contrário da burguesia de países como a Bélgica e a Holanda que aproveitaram a colonização para se fortalecerem, não se impôs. A nossa burguesia não era suficientemente forte para modernizar o país porque estava bastante dependente do Estado. Nunca foi independente nem liderou. A burguesia foi uma classe bastante empreendedora e importantíssima na Idade Média como força motora para a economia ao introduzir o conceito de capital.
Os lucros que a burguesia obtinha (comerciantes e prestadores de serviços) eram usados para aumentar os rendimentos, através da compra de mais mercadoria ou investimento em equipamentos, de forma a aumentarem a capacidade de produção, empregarem pessoas, produzirem mais bens com o objetivo de multiplicarem o capital. Talvez esta dependência da burguesia relativamente ao Estado português se devesse à nossa ideologia, à propagação da religião cristã e ao alargamento do império e nunca a busca do lucro. Será por isso, que ainda hoje algumas pessoas atribuem uma conotação pejorativa relativamente às palavras "burguês" e "capitalista"?
Mas foi esta conotação e as suas consequências que contribuíram para o atraso do país.
A monarquia caiu mas os problemas permaneceram, tal e qual quando se dá a mudança no governo. Isto significa que os problemas estão nas estruturas, na sociedade, na base da nossa pirâmide que é onde deve estar o motor que faz crescer a nossa economia. Se a sociedade não é informada, responsável, ativa e independente, o Estado concentra os poderes. Por outro lado, é o Estado que tem de proporcionar as bases para que a sociedade disponha das ferramentas necessárias para a sua independência. É um ciclo vicioso. Contudo, este ciclo vicioso pode e deve ser positivo se cada uma das partes cumprir com os seus deveres com responsabilidade, honestidade e vontade em criar riqueza e progresso de forma a mover a economia.
Será que o objetivo da abolição da Monarquia se cumpriu relativamente à evolução e à modernização? Provavelmente não há sequer uma relação. Os países mais desenvolvidos como os países do norte da Europa não aboliram a monarquia, por isso, a implementação da república no que toca ao desenvolvimento da sociedade e da economia não parece ter tido qualquer influência.
Fonte Jornal Expresso, Ana Campos
O modelo da actual Bandeira Nacional, símbolo da soberania da República, da independência, da unidade e integridade de Portugal é o adoptado pela República instaurada pela Revolução de 5 de Outubro de 1910.
1 - Balões e barracas, em fim de semana de Festa de Nª Srª do Rosário e Feira Anual das Nozes.
Largo do Souto
Gondomar
Minha Foto, 1Outubro2011
2 - A Feira das Nozes com barracas da fruta e gente na rua.
Gondomar
Minha Foto,1Outubro2011
3 - O movimento da Feira: os vendedores e os compradores.
A Feira das Nozes... aqui estão à venda os exemplares dos frutos secos, nozes, castanhas...
Gondomar
Minha Foto,1Outubro2011
"A música pode ser o exemplo único do que poderia ter sido - se não tivesse havido a invenção da linguagem, a formação das palavras, a análise das ideias - a comunicação das almas."
Marcel Proust
França 1871 // 1922
Escritor
"Quem ouve música, sente a sua solidão
de repente povoada."
Robert Browning
Inglaterra
1812 // 1889
"Pouco importam as notas na música, o que conta são as sensações produzidas por elas."
Leonid Pervomaisky
Russia
A Música
A música p'ra mim tem seduções de oceano!
Quantas vezes procuro navegar,
Sobre um dorso brumoso, a vela a todo o pano,
Minha pálida estrela a demandar!
O peito saliente, os pulmões distendidos
Como o rijo velame d'um navio,
Intento desvendar os reinos escondidos
Sob o manto da noite escuro e frio;
Sinto vibrar em mim todas as comoções
D'um navio que sulca o vasto mar;
Chuvas temporais, ciclones, convulsões
Conseguem a minh'alma acalentar.
— Mas quando reina a paz, quando a bonança impera,
Que desespero horrivel me exaspera!
Charles Baudelaire, in "As Flores do Mal"
Tradução de Delfim Guimarães
"Se a música tem, portanto, um número maior de amantes do que a poesia, ou a arquitectura, ou a escultura, tal não se deve ao facto se ser mais espiritual, como se costuma dizer, mas sim devido ao facto contrário: é mais sensual."
Vitaliano Brancati
Itália
1907 // 1954
Escritor